DPS: o que é Dispositivo de Proteção contra Surtos e por que você precisa de um na sua empresa?
Muitas vezes negligenciado por pessoas e, principalmente, empresas, o Dispositivo de Proteção contra Surtos é um elemento de grande importância dentro do projeto eletrotécnico de uma edificação – seja ela residencial, comercial ou industrial.
Isso porque ele pode evitar muitos prejuízos com equipamentos eletroeletrônicos danificados em decorrência de sobretensões transitórias na rede elétrica. Quais são as origens desses surtos elétricos? Como os DPS atuam nessa prevenção de danos? Quais são as classes desses dispositivos? Existem outros riscos potenciais das oscilações de energia?
Nesta matéria vamos responder a essas e outras perguntas, além de conhecer o DPS Suply Cluster SC400, a solução da Valemam para evitar que os aparelhos da sua empresa queimem ou tenham a vida útil reduzida com distúrbios elétricos muitas vezes rotineiros e que passam despercebidos.
O que é um DPS?
O Dispositivo de Proteção contra Surtos, normalmente chamado pela sigla DPS, também é conhecido como Protetor de Surto ou Supressor de Surto e tem como finalidade detectar as sobretensões transitórias em redes elétricas e fazer com que esses distúrbios de energia sejam desviados para o aterramento do circuito.
Essas oscilações acontecem constantemente, assim todos os dias edificações industriais, comerciais e residenciais são afetadas por correntes de surto. Embora nem todas essas sobretensões transitórias tenham a capacidade de danificar equipamentos conectados à rede elétrica do local atingido, as mais intensas podem trazer grandes prejuízos.
Assim, os Dispositivos de Proteção contra Surtos são adotados com as mais variadas aplicações, entre elas estão:
- Quadros de distribuição de prédios, sejam eles comerciais ou residenciais;
- Redes de linhas de telecomunicações;
- Transformadores e redes de iluminação urbana;
- Tubulações de companhias prestadoras de serviços, como o de gás;
- Painéis de energia solar;
- Redes de distribuição elétrica;
- Tomadas que alimentam aparelhos que precisam de proteção.
O que são as sobretensões transitórias ou surtos de tensão?
Antes de descobrirmos como funciona um DPS, é importante entender o que são as sobretensões transitórias. Esses fenômenos, também denominados surtos elétricos ou surtos de tensão, consistem em elevações repentinas e de altíssima intensidade da tensão elétrica.
Em frações de segundos, essa onda transitória de corrente ou potência pode ser propagada por todo o circuito elétrico e ocasionar descargas capazes de queimar dispositivos eletroeletrônicos conectados ao sistema, que por sua vez podem se tornar fontes de incêndios.
Os surtos de tensão ocorrem, geralmente, por três motivos. Vamos conhecê-los.
1. Descargas elétricas atmosféricas (raios)
Uma das formas de gerar sobretensões transitórias na rede elétrica é pelo acometimento de descargas elétricas atmosféricas, popularmente chamadas de raios. Vale salientar que a incidência da descarga não precisa atingir a rede diretamente.
Raios que caem até mesmo a quilômetros de distância de um determinado sistema elétrico têm potencial de gerar campos eletromagnéticos os quais se espalham pelo ambiente e têm parte dessa carga transferida para a rede elétrica quando se deparam com condutores metálicos expostos.
Uma vez dentro da rede elétrica, essa oscilação pode chegar até equipamentos e linhas de dados, incluindo redes de internet, TV e telefônicas. Inclusive, levantamentos apontam que a maioria dos surtos de tensão originados por descargas elétricas atmosféricas acontecem na verdade por meio dessa transmissão indireta.
2. Chaveamentos e manobras de redes elétricas
As companhias de energia elétrica corriqueiramente precisam realizar manutenções em suas redes. Durante as manobras e chaveamentos necessários, grandes distúrbios eletromagnéticos acabam sendo gerados, os quais podem ser transferidos para sistemas locais na forma de sobretensões transitórias.
Nos casos mais graves dessas oscilações pode acontecer até mesmo o interrompimento da distribuição de energia em determinadas áreas, atingindo ruas e bairros inteiros. São os famosos e nada agradáveis blecautes ou apagões.
3. Acionamento e desacionamento de máquinas
Outra maneira de originar um surto de tensão é pelo acionamento e desacionamento constante de máquinas – mais comum em equipamentos “pesados” que exigem uma grande demanda de energia. Ao contrário do que muitos podem imaginar, esse cenário não é comum apenas em edificações industriais que possuem motores de grande porte ligando e desligando o tempo todo.
Em prédios comerciais e residenciais, os elevadores são fontes muito cotidianas de sobretensões transitórias. Além disso, vários equipamentos em nossas casas podem ocasionar essas oscilações, incluindo chuveiros elétricos, máquinas de lavar e aparelhos de ar-condicionado. Mesmo não ocasionando danos instantâneos, em médio e longo prazos esses distúrbios constantes podem reduzir a vida útil de outros dispositivos eletrônicos ligados à mesma rede.
Como funciona um DPS?
Como mencionado anteriormente, quando essas sobretensões transitórias acontecem é função do Dispositivo de Proteção contra Surtos identificar esses distúrbios e desviá-los para o sistema de aterramento evitando danos ao sistema elétrico.
Para tanto, um componente essencial é o varistor, um resistor elétrico que possui uma atuação extremamente rápida para mudar o valor da sua resistência de acordo com a tensão presente na rede. Quanto maior a tensão, menor será a resistência em oposição à passagem de corrente elétrica criada por ele – e vice-versa.
Conforme explicado acima, os surtos elétricos geram picos de tensão que, devido a essa rápida variação de resistência do varistor no DPS, ganham caminho livre pela rede, sendo direcionados para o mecanismo de aterramento. Assim, essas oscilações não atingem os aparelhos eletrônicos com sobrecargas elétricas capazes de queimar componentes essenciais para seu funcionamento.
Tudo isso ocorre em frações de segundo, dessa forma o disjuntor – conhecido dispositivo para interrupção automática de energia em casos de sobrecarga de uma instalação elétrica – não possui tempo hábil para identificar a fuga de corrente e sequer é acionado. Em outras palavras, é como se o Dispositivo de Proteção contra Surtos criasse um curto entre o fase e o terra de maneira que isso não seja prejudicial devido ao curtíssimo tempo de resposta.
Dessa forma, visando limitar esses distúrbios da corrente elétrica, o Dispositivo de Proteção contra Surtos normalmente é instalado intermediando a linha de tensão e o sistema de aterramento, como observado na ilustração abaixo, veiculada no site O Setor Elétrico.
Esquema ilustrativo de instalação do DPS na rede elétrica. Fonte: O Setor Elétrico.
Contudo, é importante salientar a importância da presença do disjuntor na instalação elétrica. Como todo aparelho, o DPS também sofre com a deterioração de seus componentes e pode falhar. Caso isso aconteça, fica a cargo do disjuntor perceber a fuga de corrente e desligar o sistema.
Quais são as classes de DPS e o que elas significam?
Apesar de ter um único princípio de funcionamento, os Dispositivos de Proteção contra Surtos possuem três classificações de acordo com os locais que se destinam a proteger e a origem das sobretensões transitórias.
- Classe I: modelos com capacidade de drenar correntes parciais de descargas elétricas atmosféricas que atingem diretamente a instalação elétrica, atuando assim como uma proteção primária a edificações mais expostos a raios, seja na área urbana ou rural. A indicação de instalação é no quadro primário de distribuição.
- Classe II: dispositivos voltados para absorver e redirecionar surtos de tensão que acometem o sistema elétrico de forma indireta, ou seja, oriundos de campos eletromagnéticos vindos de descargas atmosféricas próximas. São instalados normalmente nos quadros secundários de distribuição.
- Classe III: equipamentos instalados próximos aos conectores de energia para proteger eletrônicos ligados diretamente à rede elétrica ou às linhas telefônicas e de dados.
Quais são os riscos de não proteger seus equipamentos contra surtos?
Quando não observada e prevenida, a ocorrência de sobretensões transitórias na instalação elétrica, de forma mais branda e rotineira, faz com que a vida útil dos equipamentos eletroeletrônicos seja reduzida devido à degradação implicada aos componentes desses dispositivos a cada surto recebido.
Em oscilações mais potentes, como as originadas por raios, há o risco eminente de danificação imediata dos aparelhos conectados à rede de energia afetada por terem componentes queimados. Esses danos podem ser irreparáveis ou, muitas vezes, custar praticamente o preço de um modelo novo.
Vale salientar que, sem as devidas precauções, nenhum equipamento está isento de sofrer avarias originadas por surtos de tensão, colocando em vulnerabilidade aparelhos de grande valor financeiro ou produtivo para sua empresa. E os prejuízos podem ser enormes.
Por exemplo, companhias de energia e operadoras de telecomunicações contabilizam enormes custos anuais com manutenção e substituição de transformadores, quadros de distribuição, decodificadores, modems, entre outros equipamentos afetados por descargas elétricas e blecautes.
Além disso, empresas, comércios e indústrias de todos os portes e nichos apresentam prejuízos por descuidos com a prevenção dos surtos de tensão. Esses prejuízos podem se tornar imensuráveis caso esses distúrbios e equipamentos danificados se tornem princípios de incêndios, capazes de condenar a estrutura do edifício e colocar vidas em risco.
DPS Suply Cluster SC400: conheça a solução da Valemam
Especializada no desenvolvimento de soluções inovadoras e sofisticadas para a condução de cabos de energia e dados, a Valemam conta com o seu Dispositivo de Proteção contra Surtos para a proteção de equipamentos eletroeletrônicos conectados à rede elétrica.
O DPS Suply Cluster SC400 é super fino e compacto, permitindo a conexão de até 6 equipamentos com plugues de 90° sem que haja interferência entre eles, o que é reforçado pela presença do filtro EMI/RFI para a atenuação de ruídos causados por ondas eletromagnéticas e de radiofrequência.
A segurança de uso do SC400 é garantida pelo mecanismo de desconexão térmica (microdisjuntor) em caso de sobreaquecimento que dispensa a utilização de fusível. No caso de sobrecarga, curto-circuito ou equipamentos com corrente superior à capacidade do aparelho, a chave microdisjuntor é desligada automaticamente, evitando danos aos eletroeletrônicos. Após eliminada a causa da sobrecarga ou curto-circuito, basta acionar o ’reset’ e utilizar o DPS normalmente.
Sua estrutura conta com LED indicador de funcionamento da chave microsdisjuntor, cabo PP de 1,5 metro e tomadas no padrão brasileiro de 3 pinos. Além disso, a carcaça em alumínio extrudado dá a ele leveza e acabamento premium, permitindo integração de forma discreta e sem comprometer a estética do ambiente.
Pertencente à Classe III, de acordo com as definições da NBR IEC 61643-1 da ABNT, o DPS da Valemam é a solução ideal para proteger computadores, monitores, impressoras, televisores, home theater e outros equipamentos conectados exclusivamente à rede elétrica.
Mais do que um diferencial, é necessário
Após a exploração de todos esses temas, podemos observar como o Dispositivo de Proteção contra Surtos é uma medida de segurança fundamental para qualquer tipo de edificação visando reduzir o impacto dos surtos de tensão na rede elétrica e, consequentemente, evitar a queima de aparelhos tecnológicos, a redução da sua vida útil e até mesmo princípios de incêndios.
Por tudo isso, a utilização do DPS em instalações elétricas não é um diferencial para o projeto eletrotécnico, mas sim uma necessidade – vide instrução da normativa NBR 5410. Portanto, faz-se necessário buscar soluções eficientes e seguras para garantir a integridade não só material mas também das pessoas que circulam pela sua empresa, como é o caso do modelo DPS Suply Cluster SC400 da Valemam.
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